domingo, 2 de dezembro de 2012

POST 178: FAZENDAS SUSTENTÁVEIS PODEM SER MAIS "VERDES" DO QUE FAZENDAS ORGÂNICAS

Publicado pela Universidade de Oxford


Fazendas que visam altos níveis de produção de alimentos usando práticas sustentáveis podem ser melhores para o meio-ambiente do que as fazendas convencionais e orgânicas.

Um estudo, liderado pelos cientistas da Universidade de Oxford, comparou o impacto ambiental de diferentes sistemas de cultivo.

Os pesquisadores descobriram que fazendas “integradas” que maximizaram a produção enquanto utilizavam técnicas sustentáveis – como rotação de culturas, adubos orgânicos, cultura de cobertura de inverno e uso mínimo de pesticidas – utilizariam menos energia e gerariam menores emissões de gases de efeito estufa por unidade de produção do que as fazendas convencionais e orgânicas.


Um relatório da pesquisa foi publicado na revista Agricultural Systems.

‘Produzir de um modo que seja bom para o meio-ambiente não quer dizer aceitar uma queda dramática na produção de alimentos,’ disse Dr. Hanna Tuomisto, quem liderou a pesquisa na Oxford University’s Wildlife Conservation Research Unit (WildCRU). ‘Nossa pesquisa sugere que sistemas de produção integrados, que combinem as melhores práticas para altos níveis de produção com baixo impacto ambiental, podem ser melhores para o meio-ambiente do que a produção orgânica ou convencional.’


Professor David Macdonald of Oxford University’s WildCRU, que dirigiu a pesquisa, disse: ‘Integrar as necessidades de produção de alimentos e a conservação da vida selvagem é o principal desafio do século 21 – a humanidade precisa de ambos, e é só levando em conta todos os custos e benefícios que a melhor solução será encontrada.’

O pesquisador também descobriu que possíveis usos alternativos da terra devem ser levados em conta para qualquer análise dos diferentes sistemas de produção.


Dr Tuomisto disse: ‘Se você produz alimento organicamente você tem que usar muito mais área para crescer a mesma quantidade de alimento do que usaria em outros métodos, significando que essa terra não poderia ser utilizada para mais nada. Uma vez levado em conta os potenciais usos alternativos da terra, tanto o sistema de produção integrada quanto a convencional, que produzem grandes volumes de alimento por área, começaram a parecer muito mais atrativas em termos de uso geral de energia, emissões e impacto na biodiversidade.’

O estudo considerou três usos alternativos diferentes para terras ociosas na produção de alimentos; produção de culturas para biocombustíveis(cultivo de Miscanthus), silvicultura e agrofloresta. Os pesquisadores assumiram que tanto a biomassa do cultivo de Miscanthus quanto da silvicultura seria queimada para gerar calor.

Um relatório da pesquisa, entitulado ‘Comparando balanços energéticos, balanços de gases de efeito estufa e impactos na biodiversidade de diferentes sistemas de produção com usos alternativos da terra’, foi publicado na revista científica Agricultural Systems.
 
 
 
FONTE: COMUNIDADE OBRA SUSTENTÁVEL

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