É arquitetura do século 21. O prédio tem persianas inteligentes que abrem e fecham de acordo com a incidência de luz e de calor.
Ele ocupa uma área do tamanho de quatro campos de futebol e é conhecido por ser o primeiro do mundo a respirar. O ´´nariz´´ é um conjunto de três tubos que brotam do chão. São captadores de ar.
No porão, antes de ser distribuído para todo prédio, o ar vindo da rua passa por dois condicionadores de temperatura computadorizados. O primeiro resfria. Funciona com a água que circula numa serpentina gigante instalada embaixo do prédio, a 100 metros de profundidade, onde a temperatura da terra está sempre ao redor de 10ºC.
O segundo condicionador de ar funciona com água aquecida pelos computadores e as outras máquinas que controlam todos os sistemas do prédio. O calor, captado por essas cápsulas especiais que envolvem os aparelhos, é transferido para uma espécie de caldeira que mantém a água acima de 30ºC.
Se o prédio respira, então podemos dizer que o pulmão dele é um grande espaço aberto, como um saguão, bem no meio do edifício. Uma área de lazer que também serve de acesso a todos os andares. O ar, aquecido no inverno ou resfriado no verão, chega por meio de gigantescos tubos. Esse mesmo ar, é distribuído para todos os ambientes. É como se os escritórios fossem órgãos de um corpo, que precisa de oxigênio para se manter vivo.
Os tubos que trazem o ar do ´´nariz´´ do prédio até o ´´pulmão´´ vão do chão até o topo. Todas as salas têm janelas para o saguão. Também têm entradas de ar no teto. É assim que o ar condicionado circula. Mas o prédio tem ainda janelas para o lado externo. Os inquilinos as chamam de ´´olhos´´, porque as persianas inteligentes funcionam como pálpebras: abrem e fecham de acordo com a incidência de luz e de calor.
Uma moça que trabalha no prédio diz que jamais viu algo tão ´´humano´”. Parece até que o prédio tem vida, mesmo. O resultado é uma temperatura interna sempre ao redor de 22ºC.
O metro quadrado de área deste prédio custou quase o dobro de uma construção comum. Mas, segundo os responsáveis pelo projeto, o investimento a mais se paga só com a economia de energia.
“Por aproveitar ao máximo recursos naturais, esse prédio consome menos de 10% da energia gasta por um edifício convencional do mesmo tamanho”, afirma o engenheiro Günter Lindermann.
Soluções inteligentes, criatividade. Faz bem aqui dentro e também lá fora, na natureza.
FONTE: Portal da Sustentabilidade
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